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Alfredo Veiga-Neto fala sobre Foucault e a Educação, no 6º Siepex

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Público olhando em direção ao palco onde, à esquerda, estão o palestrante e a mediadora. Pendurado ao teto, um telão com as informações da palestra e, no palco, instrumentos de percussão para uma apresentação posterior.
A professora Tatiana Luiza Rech, da Uergs em Cruz Alta, que escreveu artigos sobre Foucault com Veiga Neto,mediou a palestra.

Michel Foucault e a Educação foi o tema de uma das principais palestras ministradas durante o 6º Siepex da Uergs, que ocorre de 19 a 21 de outubro, em Bagé. O tema foi abordado por Alfredo Veiga-Neto, pesquisador e professor da Ufrgs, que falou para um público formado por professores da Educação Básica das redes municipal e estadual de Bagé, docentes e estudantes da Uergs, Unipampa e Urcamp. A mediação foi da professora Tatiana Luiza Rech, da Uergs em Cruz Alta.

Veiga-Neto iniciou falando sobre a importância da abertura para o diálogo e opiniões diferentes, especialmente no ambiente acadêmico. “Essa possibilidade de divergirmos, mas conversarmos harmoniosamente, é o grande diferencial da Universidade com relação aos outros ambientes”, disse.

Com três décadas de experiência em estudos Foucaultianos, Veiga-Neto falou sobre as principais teorias desenvolvidas pelo filósofo francês, que fazia críticas aos processos de disciplinarização e normalização que acontecem em instituições modernas como a escola, a prisão, os hospitais e fábricas, entre outras.

O pesquisador defende que, por mais extensa que seja a obra de Foucault, suas teorias não devem ser usadas como absolutas. “’Focault não é pau para toda obra’. Assim como ele serve para muitas ‘coisas’, em relação a outras ele nada tem a nos dizer”, diz Veiga-Neto na introdução do artigo “Esquecer Foucault?”, escrito com co-autoria de Tatiana Luiza Rech.

Sobre a importância dos estudos sobre Foucault para a educação, especificamente, Veiga-Neto diz que “ele (Foucault) nos mostra que práticas e políticas educacionais podem ser compreendidas de maneiras muito ricas e diferentes das tradicionais. Ele desconstrói para construir de formas diferentes para quem quiser”, disse.

A estudante Andrieli Lusano está no 4º semestre do curso de Pedagogia, na Unidade em Osório, e conta que quer abordar as teorias de Foucault em seu Trabalho de Conclusão do curso, porém se sentia receosa. “Ele não nos dá uma receita pronta, ele nos instiga, e isso dá um pouco de medo”, diz a estudante sobre o filósofo francês. “Depois dessa palestra ainda tenho receio, mas vejo outros caminhos”, acrescentou.

Veiga-Neto mantém um portal onde disponibiliza produções, divulga cursos, sites e grupos sobre Foucault, e que pode ser acessado por meio deste link.

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