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Exposição e Seminário marcam o mês da fotografia, em Montenegro

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Seminário sobre fotografia foi uma das atividades organziadas para celebrar o mês dedicado a essa arte.
Seminário sobre fotografia foi uma das atividades organziadas para celebrar o mês dedicado a essa arte. - Foto: Kellem Santos

Fotografias do acervo do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Aldo Malagoli (Margs) estão sendo expostas na Uergs em Montenegro durante o mês de agosto, considerado internacionalmente como o mês da fotografia. A exposição “Através da Imagem” tem a curadoria da professora Mariane Rotter, do curso de Artes Visuais, e estará aberta até o dia 8 de setembro.

A exposição também marca os quatro anos de parceria entre a Uergs e o Margs, existente desde 2012, e que já permitiu a realização de várias ações educativas, como formação de professores, mediadores das exposições e publicações. “Com mais esta exposição, ampliamos a parceria trazendo para Montenegro um recorte do acervo de fotografias da coleção do Margs”, diz a professora.

No dia 18 de agosto, foi realizado um seminário sobre o tema, em que Mariane falou sobre o recorte do recorte que fez do acervo do Margs para a exposição em Montenegro. Igor Simões, que também é professor de Artes Visuais na Uergs, falou sobre Imagem, Recorte e Acervo: a exposição como narrativa possível para a escrita da arte. No mesmo evento, a professora Niura Ribeiro, do Instituto de Artes da Ufrgs falou sobre a fotografia a partir dos anos 1970.

Diferentes olhares

Para a mostra, Mariane fez uma pesquisa entre as 300 obras que compõem o acervo do Museu, e escolheu 17 trabalhos de fotógrafos do Rio Grande do Sul, Paraíba, São Paulo, Minas Gerais e Uruguai.

“Como artista, registro o meu cotidiano através da fotografia e capturo o meu cotidiano, o que me cerca, sob um olhar peculiar com um metro e trinta de altura. Na seleção das obras que comporiam a exposição Através da Imagem escolhi selecioná-las então à partir deste recorte, deste enquadramento”, conta Mariane.

Uma das primeiras imagens expostas é do fotógrafo Luis Carlos Felizardo (Arquitetura, 1979). “Nesta imagem tradicional, uma fotografia em preto e branco, vemos a fachada de uma casa antiga e a janela desta num ângulo não convencional. Para captar esta fachada o fotógrafo parece ter se deitado no chão, explorando novos ângulos. Será?”, Mariane questiona.

No trabalho do artista Mário Röhnelt (Sem título, 1991) vemos uma série de quatro imagens em que ele fotografa cantos de quadros, pinturas expostas nas paredes de um museu. “Mas Röhnelt não está interessado em reproduzir fielmente os quadros, as pinturas que fotografa. Ele fotografa detalhes, cantos, recortes de obras tradicionais pictóricas. O artista chama a atenção para o não tradicional, o quase imperceptível”, destaca a curadora.

Outro trabalho escolhido para compor o conjunto são duas fotografias da Série Encarnadas, da artista Neide Pinto. “Neide se aproxima e dá foco a algo que não é possível definir num primeiro olhar. Parece algo orgânico, entranhas, lábios, carne crua? Essa super aproximação e recorte não expõe por completo o que ela fotografa, deixa o espectador na dúvida. A fotografia que deveria revelar, não revela”, observa Mariane.

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