Comunidade da Uergs expõe demandas em reunião da Frente Parlamentar em Defesa da Universidade
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Uma reunião de trabalho da Frente Parlamentar em Defesa da Uergs reuniu gestores, estudantes, professores e funcionários da Uergs no Plenarinho da Assembleia Legislativa na tarde desta segunda-feira (15). Entre os temas trazidos à discussão estavam a luta pelo fortalecimento da Uergs, as bolsas do Programa de Auxílio à Permanência Discente (Prodiscência), necessidades de infraestrutura e de mais professores e funcionários. Outras duas reuniões serão realizadas para discutirem exclusivamente sobre a filantropia e o Campus Central.
A Frente Parlamentar em Defesa da Uergs foi criada em abril de 2015 pelo deputado Juliano Roso (PCdoB), que presidiu a reunião de trabalho. Também ocuparam o plenário e tiveram direito à fala representantes dos professores, funcionários, estudantes, membros da União Estadual dos Estudantes (UEE) e da União Nacional do Estudantes (UNE), além da reitora da Uergs em exercício, Eliane Kolchinski, e do ex-reitor Nelson Boeira, que participou como representante do Governo do Estado.
Eliane apresentou alguns dados sobre o desempenho da Universidade e sobre o seu papel como promotora do desenvolvimento das regiões onde está inserida. Falou sobre a reserva de 10% vagas para pessoas com deficiência e de 50% para pessoas economicamente hipossuficientes, o que inclui a cota para negros e índios.
De acordo com a reitora em exercício, atualmente a Uergs conta com aproximadamente cinco mil alunos, 260 professores e 190 técnicos administrativos. "Este número é insuficiente para atender as demandas de Ensino, Pesquisa e Extensão”, afirmou, lembrando que a Universidade precisa ter autonomia para repor automaticamente os professores e técnicos administrativos que saem da instituição. Atualmente a Uergs necessita de autorização do Governo do Estado para repor essas vagas.
Eliane também citou as pesquisas que apontam que a Uergs é a 30ª melhor Universidade do país e a 6ª do Estado, de acordo com dados apresentados pelo MEC quando avaliou 230 universidades brasileiras, em 2015. A Uergs também está entre as melhores dos países dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e África do Sul), onde ocupa a 151º, a mesma da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
A Universidade também vem trabalhando no incentivo à criação de projetos de mestrado e doutorado, especialmente no atendimento às demandas de especialização trazidas por servidores públicos estaduais. Em abril deste ano, foi aberto o primeiro curso de Mestrado e 99% das vagas oferecidas para ingresso na graduação foram preenchidas.
“Apesar de todas as carências da Universidade, tivemos essas conquistas extremamente gratificantes. Isso é resultado da qualidade do trabalho desenvolvido. Porém, nosso orçamento não tem sido suficiente. A demanda de infraestrutura é superior a R$ 35 milhões”, frisou Eliane.
Boeira disse que o Governo do Estado quer reforçar o papel tecnológico da Uergs no desenvolvimento do Estado, e que pretende mobilizar recursos para transformar a Uergs em uma universidade de excelência. “O objetivo central não é resolver os problemas tópicos do dia a dia, mas criar condições para que a Uergs se torne de excelência, nos padrões das Universidades da América Latina”, disse.
Após as falas dos representantes de cada segmento, foi dada a palavra aos demais participantes da reunião.
Ficou prevista para o dia 13 de setembro uma Audiência Pública, convocada pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, para tratar do Campus Central e, posteriormente, outra reunião deverá discutir a filantropia.
Representações

Compuseram a mesa o representante discente no Conselho Superior Universitário (Consun), Ederson Gustavo Ferreira, a presidente da Associação dos Docentes da Uergs (Aduergs), Ana Accorsi, a presidente da Associação dos Servidores do Corpo Técnico e de Apoio Administrativo (Assuergs), Rubia Nichele, o diretor do Sindicato dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Sinpro), Amarildo Cenci, e as estudantes Vivian Sales, representando a UEE Livre e Taís Bergue, representando a UNE.
Ederson destacou a necessidade da oferta de condições de acessibilidade aos estudantes que ingressam por meio das cotas para pessoas com necessidades especiais.
A representante dos professores lembrou que a Uergs já é uma Universidade de excelência. “A Uergs tem mostrado sempre a que veio. Com um ensino de qualidade, tem qualificado os profissionais para o mercado de trabalho, qualificado as pesquisas e está aberta a toda a comunidade por meio dos projetos de extensão. Queremos mostrar cada vez mais que somos absolutamente necessários", ressaltou Ana.
Rubia lembrou do avanço que foi a conquista do Plano de Carreira dos funcionários, mas frisou que o número de técnicos administrativos com que a Uergs conta hoje é insuficiente para todas as demandas da Reitoria e das 24 Unidades, reforçando o pedido de autonomia para reposição das vagas ociosas.
O diretor do Sinpro falou sobre a importância da criação do Diretório Central dos Estudantes e do apoio às causas defendidas pela Uergs. “A Uergs precisa ser uma política pública de Estado, pois é uma experiência maravilhosa cujo resultado é a formação de profissionais qualificados”, disse.
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