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Coordenador geral do DCE publica texto sobre o Dia Internacional do Orgulho LGBTI+

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bandeira LGBT
A data é celebrada no dia 28 de junho.

O coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Uergs, Éderson Gustavo Ferreira, divulgou um texto-opinião em referência ao Dia Internacional do Orgulho LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais), 28 de junho. A temática vem sendo debatida nas discussões dos estudantes e da Comissão de Ética da Universidade. Confira abaixo o texto na íntegra:

Dia do Orgulho LGBT

28 de junho é o Dia Internacional do Orgulho LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, intersex e demais nomenclaturas da diversidade). Esse mês faz referência à luta de Stonewall Inn, ocorrida em New York, no ano de 1968, quando um grupo de gays resolveu enfrentar a homofobia praticada pelos policiais. Naquela época, diversos homossexuais permaneceram dias confinados dentro do bar, como forma de protesto, recebendo apoio de uma multidão de LGBTs. A partir desse acontecimento, o episódio passou a ser considerado como o dia da libertação LGBT, tornando-se, então, O Dia Internacional do Orgulho Gay.

Em 2016 e 2017, ganhei destaque em um dos meus projetos apresentados durante o 6° e 7° Siepex, englobando os temas “Uergs Sem LGBTfobia” e “Uergs Sem LGBTfobia: A Luta Que Nos Une”, trazendo uma conscientização sobre o que enfrenta a população LGBT e quais os caminhos que devemos, enquanto instituição, tomar. A apresentação do projeto resultou na produção de um vídeo documentário (assista aqui).

Para mim, enquanto coordenador geral do DCE, O Dia Internacional do Orgulho LGBT não deve ser visto como uma data de comemoração, mas sim como uma data de resistência. O Brasil lidera o raking mundial de assassinatos aos LGBTs: a cada 18 horas, um LGBT morre em nosso país. Em 17 países, ser LGBT é considerado crime, sendo que em 8 destes, o julgamento se estende à pena de morte. Ainda, devemos ter orgulho de sermos quem somos e ter a coragem de mostrar para a sociedade que somos pessoas “normais” assim como as outras pessoas não LGBTs. Devemos também ser audaciosos em nos fazer presentes em todos os espaços possíveis que são nossos por direito e ter a capacidade e a resistência para transformar nosso país em lugar melhor de se viver. Pois nenhuma criança nasce preconceituosa, ela aprende esses retrocessos por isso se fazer presente na educação das pessoas, também é nossa luta. Na Uergs, o tema sobre direitos humanos, envolvendo a população LGBT, também é pautado em diversas ações conjuntas entre o Núcleo de Atendimentos aos Discentes e o DCE.

Recentemente, através da Comissão de Ética da Universidade, da qual sou membro, passou-se a debater sobre o respeito que precisamos ter com diversidade humana no ambiente universitário.

Finalizo com a manifestação da presidenta da Comissão de Ética, Cristina Ostermann: "O respeito aos direitos humanos e à diversidade é um valor institucional da UERGS. Nesse sentido, nenhum tipo de discriminação pode ser tolerada no ambiente universitário e as relações devem ser pautadas pelo respeito, tolerância e liberdade. As diferenças devem ser acolhidas, pois são matizes da pluralidade universitária. A Comissão de Ética está trabalhando na elaboração de novo Código de Ética da UERGS e nossa ideia é que o documento abranja questões que são relevantes no ambiente social atual, incluindo o respeito à comunidade LGBTs e questões sobre assédio sexual e discriminação de gênero, entre outras. As universidades são responsáveis pela produção e disseminação de conhecimento e uma postura institucional clara frente a questões como essas tem importante impacto, não só no ambiente universitário, mas na sociedade como um todo".

28 de junho de 2018

Éderson Gustavo Ferreira

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