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Pesquisa de professora da Uergs será apresentada em uma conferência na Alemanha

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Mulher sorridente de pele negra, olhos castanhos, cabelos pretos, crespos e volumosos, na altura dos ombros. Está olhando de perfil e usa colar grosso.
Marta Regina Nunes é professora da Unidade da Uergs em Encantado

A professora Marta Nunes, da Uergs em Encantado, apresentará o trabalho “Políticas de Ações Afirmativas na Educação no Brasil e nos EUA: Desafios para a integração racial e de gênero na Ciência e Tecnologia” na 10ª Conferência Europeia de Pesquisa Feminista, que acontece na cidade de Göttinghen, na Alemanha, de 12 a 15 de setembro. O resumo submetido é um resultado da pesquisa que a professora realiza durante seu pós-doutorado na Universidade da Califórnia em Davis, nos Estados Unidos, e integra o projeto “Avaliação dos aspectos sociais, culturais e estruturais (gênero e raça) que impedem o avanço de mulheres nos ambientes acadêmicos”, que aborda os tensionamentos raciais e sociais na trajetória das mulheres no ambiente acadêmico.

A pesquisa está sendo desenvolvida em parceria com professores de outras universidades brasileiras e estadunidenses. Para a professora Marta, o objeto da pesquisa se encaixa nas discussões propostas pela conferência, que tem como tema geral “Diferença, Diversidade, Difração: Confrontando Hegemonias e Despossessões”, pois pesquisas indicam que as mulheres enfrentam uma série de barreiras quando buscam carreiras acadêmicas nos campos da ciência, tecnologia, engenharia e matemática, incluindo estereótipos de gênero, expectativas e preconceitos sobre suas habilidades.

“O subtítulo ‘Enfrentando as Hegemonias e Despossessões’ é um chamado para refletir e desafiar as hierarquias, subjugações e privações que estão ligadas a diferenciações estruturais e encontrar formas afirmativas de lidar com a diversidade, a diferença e a difração”, explica.

“Em todo o mundo, as mulheres negras permanecem desconsideradas nos chamados campos da STEM (Science, Technology, Engineer and Math - Ciência, tecnologia, engenharia e matemática), em parte devido a papéis diferenciais de gênero (socialização) mas também devido a fatores como o racismo estrutural e institucional que impedem o avanço em suas carreiras, mesmo quando elas ultrapassam as barreiras iniciais de formação básica e superior. Esses obstáculos baseados no preconceito, discriminação e nos estereótipos das mulheres negras influenciam e definem sobremaneira carreira e vida profissional”, acrescenta Marta.

Segundo Marta, esta é uma área da pesquisa que tem avançado no mundo todo, tanto em grupos de pesquisa social quanto nos grupos de pesquisa nas áreas das ciências e tecnologias. “Ao mesmo tempo, se observa um esforço de instituições educacionais, governamentais e instituições sem fins lucrativos em estimular estas pesquisas como forma de fortalecer políticas públicas na promoção da equidade étnica e de gênero”, disse.

A conferência é realizada pela Associação Europeia para Pesquisa de Gênero, Educação e Documentação, pela Associação Alemã de Estudos de Gênero e pela Universidade Georg-August de Göttingen. O evento é patrocinado pelo Ministério da Educação e Pesquisa da Alemanha.

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