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Violência contra mulheres e meninas na “Fronteira da Paz” é tema de ação desenvolvida na Uergs em Santana do Livramento

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Um Notebook está sobre a messa, e em sua tela aparece o canal do projeto
O projeto é mias uma ferramenta para aprofundar essa discussão e apresentar canais de apoio e suporte para as mulheres.

A violência contra mulheres e meninas na região que corresponde à fronteira entre Brasil e Uruguai se tornou o foco de um projeto de Extensão coordenado pela professora da Uergs Cassiane da Costa. No decorrer da pesquisa-ação desenvolvida para um curso de especialização, a docente analisou a violência de gênero nos municípios que integram a chamada Fronteira da Paz, região que separa os dois países. O trabalho “Se é Fronteira da Paz não é para elas: violência contra mulheres e meninas em Santana do Livramento/BR e Rivera/UY”, resultou na produção de vídeos informativos para instruir as mulheres sobre a identificação de abusos além de informar sobre organizações que atuam no enfrentamento a essas violências.

‘Fronteira da Paz’ é uma referência comumente utilizada para identificar a fronteira seca que une Santana do Livramento, no Brasil, e Rivera, no Uruguai. “Entretanto, os casos de violência de gênero nesse território têm chamado a atenção. Se a fronteira é da paz, não é para mulheres e meninas”, explica a professora, para justificar a escolha do título.

Para a pesquisa produzida no Curso de Especialização em Políticas e Justiça de Gênero, do Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales (CLACSO), Cassiana entrevistou especialistas sobre a temática. Das gravações destes encontros, a professora organizou e disponibilizou em seu canal no YouTube 11 vídeos com conteúdos acessíveis à população.

Das publicações, sete vídeos abordam a atuação de integrantes da rede de apoio às mulheres e meninas vítimas de violência em Santana do Livramento e em Rivera; um é sobre a mobilização do movimento feminista na fronteira; e os outros três são focados em apresentar informações sobre a temática.

Com a pandemia causada pelo novo coronavírus, as medidas de isolamento social adotadas para reduzir a disseminação do vírus fez com que mulheres vítimas de violência passassem mais tempo expostas aos agressores. Já no início da crise sanitária, a Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu um alerta pedindo aos países medidas de combate ao aumento global da violência doméstica sofrida por mulheres e meninas em meio à quarentena. Neste contexto, o projeto desenvolvido pela professora da Universidade é mais uma ferramenta para aprofundar essa discussão e apresentar canais de apoio e suporte para as mulheres.

A pesquisa de Cassiane tornou-se um livro, que foi lançado este mês. Com o mesmo título do Projeto, a publicação apresenta os dados e as análises desenvolvidas pela pesquisadora.

Os vídeos estão disponíveis neste link.

O livro pode ser baixado gratuitamente no site da editora.

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